A Doença de Baastrup, também conhecida doença da coluna que beija (kissing spine disease) ou bursite interespinhosa lombar é causada pelo contato anormal entre os processos espinhosos lombares (espinhas) que resulta em alterações degenerativas (artrose, desgaste).  

Não é uma doença comum, mas sua prevalência aumenta com a idade! Maior prevalência também presente em motoristas profissionais de veículos pesados, ginastas e atletas, possivelmente relacionado aos movimentos repetidos de flexão e extensão da coluna. Há relação também com hiperlordose, ou seja, pessoas que tem a curvatura lombar acentuada. 

Quadro clínico

A doença causa dor e tensão no meio da coluna lombar, que geralmente piora com a extensão da coluna e alivia com a flexão. 

A doença de Baastrup não causa compressão dos nervos por si só. No entanto, pode estar acompanhada de outras alterações de generativas como hérnias de disco e osteófitos (bico de papagaio) e aí sim causar dor irradiada, perda de sensibilidade e força nos membros inferiores. 

A sintomatologia costuma aumentar progressivamente, conforme a doença evolui, tornando-se quase constante e aparecendo ao movimentar a região lombar, com consequente limitação especialmente de extensão da coluna.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito através de exames de imagem como o RaioX simples, tomografia ou ressonância magnética. As imagens mostram o contato entre os processos espinhosos associado à falsas articulações que podem estar inflamadas. 

Outras alterações degenerativas associadas podem ser encontradas, como abaulamentos discais, anterolistese, estenose de canal, etc. Nesses casos, chegar ao diagnóstico da causa é mais difícil, já que os sintomas não podem ser atribuídos, de forma exclusiva, à esta síndrome.

Tratamento

A Síndrome de Baastrup é tratada incialmente com analgésicos, inflamatórios e fisioterapia. Se o paciente não apresentar melhora, infiltrações/bloqueios na coluna costumam ajudar bastante por aliviar os sintomas e aumentar a mobilidade da coluna, sempre associado à reabilitação.

Na falha dos tratamentos acima, indica-se tratamento cirúrgico cujo objetivo é ampliar o espaço entre os processos espinhosos para que eles parem de se tocar e inflamar durante os movimentos de extensão da coluna. Hoje, realizamos esse procedimento através da endoscopia da coluna, ou seja, não é necessária cirurgia aberta!

Referências: 

Alonso F, Bryant E, Iwanaga J, Chapman JR, Oskouian RJ, Tubbs RS. Baastrup’s Disease: A Comprehensive Review of the Extant Literature. World Neurosurg. 2017 May;101:331-334. doi: 10.1016/j.wneu.2017.02.004. Epub 2017 Feb 10. PMID: 28192272.

Lin WT, Xie FQ, Lin SH, Yang RB, Shen HW, Cai XF, Chen W, Wang ZY. Full-Endoscopic Approach Forchronic Low Back Pain from Baastrup’s Disease: Interspinous Plasty. Orthop Surg. 2021 Mar 29. doi: 10.1111/os.12988. Epub ahead of print. PMID: 33783125.

 

Leia mais em: https://neurocirurgia.com/doenca-de-baastrup/

 

#drfelipebarreto

#dr.felipebarreto

#felipebarretoneuro

#drfelipebarretoneuro

#dr.felipebarretoneuro

#neurocirurgia

#neurocirurgiadrfelipebarreto

#neurologiadr.felipebarreto

#especialistaemcoluna

#especialistaemcolunasp

#especialistaemcolunasaopaulo

#herniadedisco

#cirurgiadacoluna

#tratamentodacoluna

#colunalombar

#colunatoracica

#colunacervical

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *