Atualmente, de acordo com a Campanha Mundial do AVC, evento anual dedicado ao aumento da conscientização sobre a prevenção e o tratamento da doença, existem 80 milhões de sobreviventes do AVC.

O problema tem consequências amplas: pode acontecer com qualquer um, em qualquer idade e afetar, além dos sobreviventes, familiares, amigos e o ambiente de trabalho.

No Brasil, os dados mais recentes do Ministério da Saúde, de 2016, revelam que o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou quase 200 mil internações para o tratamento de acidente vascular cerebral, além de 40 mil mortes pela doença.

Existem dois tipos de AVC:

O tipo de acidente vascular cerebral mais comum é o isquêmico, causado por uma obstrução ou por uma redução brusca do fluxo sanguíneo de alguma artéria cerebral.

O outro tipo é o hemorrágico, que corresponde a 20% dos casos e ocorre quando há a ruptura de um vaso e, consequentemente, o derramamento de sangue – a chamada hemorragia cerebral. O acidente vascular cerebral hemorrágico é considerado mais grave porque oferece maior risco de morte.

A boa notícia é que a prevenção pode evitar até 90% dos casos. O reconhecimento dos sinais de alerta do AVC e o rápido tratamento de urgência em um centro especializado reduz a chance de sequelas.

Reconhecendo os indícios:

Há vários sinais que podem indicar um acidente vascular cerebral, principalmente se esses sintomas se instalam de maneira aguda.
A dica da Campanha Mundial do AVC é reconhecer os sinais conhecidos como FAST – sigla em inglês para face, braços, fala e tempo. Se você acha que alguém pode ter sofrido um derrame, faça esta observação rápida:

Face: Um dos lados parece “caído”?
Braços: Levante os dois braços e confira: um dos dois está mais fraco?
Fala: As palavras são emitidas de forma confusa ou arrastada?
Tempo: Caso ocorra um dos sintomas acima, é preciso agir rapidamente e procurar imediatamente um atendimento médico de emergência.

O médico neurologista André Carvalho Felício,  coordenador da pós-graduação em neurologia da Faculdade Ipemed de Ciências Médicas em Belo Horizonte e médico pesquisador do Hospital Albert Einstein em São Paulo, no entanto, alerta que  muitos pacientes podem ter apenas um déficit de campo visual ou uma alteração da sensibilidade em alguma parte do corpo.  “Quando temos alguma dessas alterações – motoras, sensitivas e/ou de fala, não se deve esperar para ver se vai passar.  No momento do sintoma, o indivíduo já deve procurar imediatamente o serviço de atendimento”, orienta Felício.

Conheça os 5 principais mitos sobre o AVC:

1. Só idosos têm acidente vascular cerebral.
Não. Temos essa falsa impressão de que só pessoas mais velhas estão sujeitas a ter um AVC, mas na verdade, pessoas jovens entre 30 e 50 anos também podem ser acometidas pela doença. Em geral, o que mudam são as causas, como por exemplo distúrbios da coagulação, inflamações, doenças imunológicas e até infecções.

2. O sintoma é sempre uma paralisia motora.
Não. Muitos pacientes que têm AVC nunca irão desenvolver uma paralisia motora. Eles podem ter, por exemplo, um déficit de campo visual, uma alteração da coordenação motora e/ou da sensibilidade ou somente uma alteração na fala. Vários outros sintomas, que não apenas a paralisia motora, podem ser indício de um AVC, principalmente se esses sintomas se instalam de maneira aguda.

3. O AVC sempre deixa sequela.
Não necessariamente. Isso varia da idade, do tamanho e do local da lesão, das outra doenças que o paciente tem. Levando-se em consideração todos esses fatores e a possibilidade de se fazer reabilitação, alguns indivíduos podem ser acometidos pelo AVC sem apresentar sequela.

4. Tenho que esperar o sintoma passar para, então, decidir se devo procurar ajuda.
Não. Esse é, sem dúvida, um grande mito. Quando temos alguma dessas alterações – motoras, sensitivas e/ou de fala, não se deve esperar para ver se vai passar. Existe o que chamamos de “janela de oportunidade” muito pequena, de três horas a quatro horas e meia, em que, se você chega a um hospital com possibilidade de fazer protocolos de AVC, com agentes endovenosos e até intervenções mais invasivas, é possível que o desfecho seja muito melhor. No momento do sintoma, o indivíduo já deve procurar imediatamente o serviço de atendimento.

5. Ninguém morre de AVC.
A maioria das pessoas, felizmente, não morre de acidente vascular cerebral, principalmente o chamado AVC isquêmico. Mas existem 20% dos AVCs que podem ser hemorrágicos. Esses conferem risco maior de óbito para pacientes. Isso depende, novamente, da idade, das outras doenças que o paciente tem, do tamanho e do local da lesão.

 

Fonte: https://www.otempo.com.br/mobile/interessa/saude-e-ciencia/avc-afeta-17-milhoes-de-pessoas-a-cada-ano-1.2061047

 

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