A cranioplastia é o reparo cirúrgico de um defeito ósseo no crânio que ocorreu após uma operação ou lesão prévia. Existem diferentes tipos de cranioplastias, mas a maioria envolve o descolamento do couro cabeludo e a restauração do contorno do crânio com o osso original do crânio (que estava previamente guardado) ou um enxerto com contorno personalizado feito de material sintético.
Por que um paciente pode precisar de uma restauração/reconstrução do crânio (cranioplastia)?
A parte de cima do osso do crânio, chamado de calota craniana, pode ser retirada em algumas situações pelo neurocirurgião e guardada para posterior recolocação – esta cirurgia é chamada de craniotomia descompressiva. Em que situações isso é feito? As situações mais comuns que necessitam desta cirurgia são acidentes vasculares cerebrais (AVC, ou popularmente “derrame cerebral”) extensos e traumatismos cranianos graves que causam edema cerebral.
No traumatismo craniano grave a parte lesionada do cérebro pode inchar, da mesma forma que incha por exemplo seu braço quando ele recebe uma pancada. Só que quando o cérebro incha ele não tem para onde crescer, porque o osso é duro e não cede, impedindo que ele tenha espaço para isso. Ao tirar uma parte do osso do crânio, o neurocirurgião abre espaço para que o cérebro doente e lesionado tenha para onde ir, sem que com isso ele aperte e afete o restante do cérebro que está normal, situação que agravaria ainda mais o quadro do paciente. Para o AVC, que também gera inchaço no cérebro, o raciocínio é semelhante.
Quando o osso é retirado ele pode ser desprezado (jogado fora) ou guardado para uso posterior recolocação. Geralmente o osso é guardado no próprio abdomen do paciente. Abaixo da pele do abdomen este osso é mantido estéril, protegido e nutrido pelo próprio organismo do paciente. Quando a fase aguda passa e o cérebro desincha a calota craniana pode ser recolocada, o que costuma acontecer entre 3-6 semanas após o trauma/lesão inicial. Se por algum motivo ela não puder ser recolocada de volta, o paciente pode em tese ficar mais tempo sem a calota, mas o risco é que aquela parte “sem osso” deixa aquela região do cérebro desprotegida… Após algumas semanas, no local onde não há osso o paciente tem um “afundamento”.
Fonte Imagem: The São Paulo Times.
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