Toda dor é sinal de que algo está errado em nosso organismo. O incômodo se manifesta por meio de sinais enviados pelos nervos ao cérebro, e este, por sua vez, se comunica com o córtex (região do cérebro), onde então os sinais são interpretados como dor.
Não é raro sentirmos algum tipo de dor. Segundo estimativas da Associação Internacional para o Estudo da Dor, conhecida pela sigla em inglês IASP, aproximadamente 80% da população mundial sofrem com algum tipo de dor e 30% sentem seus efeitos de forma crônica. Mas como podemos saber se estamos diante de dores passageiras, como as musculares, ou diante de dores que podem se tornar crônicas ou que são sinais de algum problema grave?
“O importante é ficar atento ao quanto a dor incomoda”, responde o dr. João Valverde Filho, anestesiologista e médico especialista em dor no Hospital Sírio-Libanês. “Se a dor for incomum ou começar a impossibilitar qualquer tarefa do dia a dia, é preciso procurar por ajuda médica com urgência”, acrescenta.
Lembrar o que foi feito nos dias anteriores ao aparecimento da dor também ajuda a avaliar seus riscos, explica o médico. “Dores nas pernas após andar de bicicleta ou nos braços após começar um treino novo na academia tendem a ser musculares e devem passar em poucos dias”, comenta. “Mas se a dor não tem nenhuma explicação ou nunca foi sentida antes, merece ser investigada”, completa.
A automedicação é contraindicada para qualquer tipo de dor, pois algumas patologias agudas transformam-se em dores crônicas com o passar do tempo e tornam o tratamento mais difícil e prolongado.
Quando as dores representam perigo?
Apesar de a maioria das dores ser tratável, é importante ficar atento a qualquer tipo de incômodo que saia do habitual, principalmente aqueles que ocorrem de maneira súbita e sejam acompanhados de sintomas como vômito, náusea, diarreia ou tonturas.
Veja abaixo alguns tipos de dores que não podem ser ignoradas:
- Dor de cabeça – Se ocorrer de maneira súbita e se tornar intensa em poucos segundos pode ser sinal de ruptura ou distensão de um aneurisma cerebral. As cefaleias comuns, geralmente, começam de maneira leve e a intensidade aumenta progressivamente em minutos a horas.
- Dores lombares – Quando não estão associadas a doenças da coluna vertebral, esforços físicos ou posturas corporais inadequadas, podem ser sinal de cálculo (pedra) no rim, aneurisma na aorta abdominal ou até mesmo câncer de próstata com metástase óssea.
- Dores no tórax – Podem ser sinais de uma trombose no pulmão ou algum problema no coração, como infarto e angina.
- Dor abdominal – Se começa na parte superior do abdômen e vai descendo para a região do umbigo, pode ser apendicite. Essa inflamação do apêndice intestinal, se não for tratada rapidamente, pode provocar o rompimento e a necrose do apêndice, causando infecção generalizada.
- Dores nas pernas – Podem ser sinais de trombose. Esse tipo de coágulo sanguíneo, quando se solta, pode seguir pelas veias e parar em uma artéria do pulmão, colocando a vida da pessoa em risco.
O diabetes e o herpes-zoster são doenças que também costumam se manifestar a partir de dores em diferentes partes do corpo. Com o passar dos anos, as pessoas com diabetes podem ter danos nos nervos, sofrendo com dores, formigamentos ou perda de sensibilidade em mãos, braços, pés e pernas. O herpes-zoster, por sua vez, se manifesta principalmente com dores no tórax e na face.
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